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sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Os problemas ambientais

-RELAÇÕES INTERNACIONAIS E O PROBLEMA AMBIENTAL

Em Copenhague, capital da Dinamarca, os principais líderes do mundo decidem as metas para a redução da emissão de gases poluentes na atmosfera para os próximos dez anos. Os chefes de Estado concordam que é preciso rever o modo de produção industrial e mudar práticas sociais para evitar as catastróficas mudanças climáticas previstas por especialistas, mas relutam estabelecer metas ousadas que possam prejudicar suas economias. 
Mas a questão ambiental que atualmente ocupa manchetes de jornais por conta da realização da
15ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP-15) logo passará para segundo plano. O Observatório da Imprensa exibido ao vivo na terça-feira (8/12) pela TV Brasil discutiu o papel da imprensa na mobilização da sociedade para a preservação do meio ambiente. Os meios de comunicação conseguem alertar à população para o fato de que as mudanças climáticas já podem ser sentidas no Brasil – e que cada cidadão pode fazer a sua parte na preservação do planeta?
Para debater este tema, o Observatório recebeu no estúdio do Rio de Janeiro Eduardo Viola, professor titular de Relações Internacionais da Universidade de Brasília (UnB), que trabalha com política ambiental internacional desde o fim da década de 1980. Em São Paulo, participaram dois convidados: Luciano Martins Costa, colunista do jornal Brasil Econômico e apresentador do Observatório no rádio, e Adalberto Marcondes Wodianer, fundador e editor da Envolverde, site especializado em meio ambiente e sustentabilidade. Aldem Bourscheit, repórter do site O Eco, participou pelo estúdio de Brasília. Bourscheit acompanha questões ambientais desde a Rio-92, é pós-graduado em Meio Ambiente, Economia e Sociedade pela Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais (Flacso, da Argentina).
Antes do debate ao vivo, na coluna "Mídia na Semana", Alberto Dines comentou a cobertura da imprensa sobre as denúncias de pagamento de propinas envolvendo o governador do distrito federal, José Roberto Arruda. O jornalista destacou que o escândalo deveria ficar conhecido como "Propinoduto de Brasília" e não como "mensalão do DEM". Na avaliação de Dines, a mídia comportou-se exemplarmente. "Não se serviu de vazamentos exclusivos e ilícitos, todos publicaram tudo no mesmo dia e agora cabe à mídia inteira evitar que o caso caia no esquecimento e os panetones de Arruda se transformem em pizza."
-PRESERVAÇÃO X CONSERVAÇÃO
É comum haver confusão entre os termos conservação e preservação. Muitas vezes usados para significar a mesma coisa, na verdade expressam idéias que têm origem em raízes e posturas distintas. Conservacionismo e preservacionismo são correntes ideológicas que representam relacionamentos diferentes do ser humano com a natureza.

Um precursor do pensamento ambientalista foi John Muir, para quem a natureza tinha valor intrínseco. Mesmo que em sua época ainda não houvesse distinção desses termos, Muir hoje seria considerado um preservacionista, pois ficou conhecido pelo seu deslumbramento pela natureza em geral, e compartilhou suas emoções em vários textos e livros que se tornaram marcos do movimento ecológico que se formaria mais tarde. Compreendia a continuidade que é inerente à natureza, como mostra esse seu trecho: “Os dias quentes e ruminantes são cheios de vida e pensamentos de vida por vir, como as sementes que amadurecem contendo o próximo verão, ou uma centena de verões”. Ao enfocar a natureza sem a interferência humana e sem pensar no uso que determinados elementos poderiam representar, Muir se destaca por seu amor pelo mundo natural.

Com o correr do tempo, o preservacionismo tornou-se sinônimo de salvar espécies, áreas naturais, ecossistemas e biomas. Tende a compreender a proteção da natureza, independentemente do interesse utilitário e do valor econômico que possa conter.
-DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
O desenvolvimento que procura satisfazer as necessidades da geração atual, sem comprometer a capacidade das gerações futuras de satisfazerem as suas próprias necessidades, significa possibilitar que as pessoas, agora e no futuro, atinjam um nível satisfatório de desenvolvimento social e económico e de realização humana e cultural, fazendo, ao mesmo tempo, um uso razoável dos recursos da terra e preservando as espécies e os habitats naturais.
-O PROBLEMA DA CHUVA ÁCIDA
chuva ácida, ou com mais propriedade deposição ácida, é a designação dada à chuva, ou qualquer outra forma de precipitação atmosférica, cuja acidezseja substancialmente maior do que a resultante da dissociação do dióxido de carbono (CO2) atmosférico dissolvido na água precipitada.[1] A principal causa daquela acidificação é a presença na atmosfera terrestre de gases e partículas ricos em enxofre e azoto reactivo cuja hidrólise no meio atmosférico produz ácidos fortes. Assumem particular importância os compostos azotados (NOx) gerados pelas altas temperaturas de queima dos combustíveis fósseis e os compostos de enxofre (SOx) produzidos pela oxidação das impurezas sulfurosas existentes na maior parte dos carvões e petróleos.[2] Quimicamente, chuva ácida não seria uma expressão adequada, porque para a Química toda chuva é ácida devido à presença do ácido carbônico (H2CO3), mas para a Geografia toda chuva com Ph abaixo do N.T (Nível de tolerância(PH igual à aproximadamente 5,5)) é considerada ácida. Ela também pode acarretar sérios danos as trutas por exemplo, uma vez que se cair uma chuva ácida num ambiente lacustre de uma truta, abaixo ou acima do N.T, a truta morrerá. Os efeitos ambientais da precipitação ácida levaram à adopção, pela generalidade dos países, de medidas legais restritivas da queima de combustíveis ricos em enxofre e obrigando à adopção de tecnologias de redução das emissões de azoto reactivo para a atmosfera.
-BURACO NA CAMADA OZÔNIO
O ozônio (O3) encontra-se em uma camada da atmosfera. Esse gás está situado entre 10 e 50 quilômetros de altitude, e forma uma "capa" denominada camada de ozônio.

Essa camada é indispensável para o desenvolvimento e manutenção da vida na Terra, uma vez que realiza uma espécie de filtragem dos raios solares, promovendo a retenção dos raios ultravioleta que são prejudiciais, impedindo que atinja a superfície terrestre.

Por volta de 1930, surgiu o gás CFC (clorofluorcarbono) com finalidade industrial. A empresa pioneira no uso dessa substância foi a General Motors. No decorrer do tempo o uso dispersou-se pelo mundo, especialmente nos países industrializados, então o CFC foi inserido em bens de consumo, como geladeiras, ares-condicionados, sprays, entre outros.

Nas primeiras décadas da utilização do gás não foram detectados prejuízos ao ambiente, mas a ideia de que tal gás era inofensivo foi superada no fim da década de 70, momento esse em que foram realizados diversos tipos de estudos que constataram uma modificação na camada de ozônio na Antártica. Tal constatação foi feita a partir de informações obtidas através de imagens de satélites. Os cientistas, através dos dados adquiridos, identificaram uma redução de 60% na camada da região.

Doravante a essa descoberta, os cientistas estabeleceram uma relação direta entre a emissão do gás CFC e a diminuição da camada de ozônio. O gás CFC expelido para a atmosfera sobe para as camadas mais elevadas, onde é submetido às ações dos raios ultravioleta, que ocorrem da seguinte forma: o CFC se fragmenta, o cloro começa a interagir com o ozônio e a partir desse processo ocasiona a quebra desse tipo de molécula e consequentemente destrói a camada de ozônio.

A diminuição da quantidade de ozônio resulta no aumento da entrada de raios ultravioleta na superfície terrestre, alterando toda composição natural do clima e das paisagens, provocando algumas doenças nos seres humanos, como câncer de pele, catarata e queda da imunidade, além de comprometer a vida no planeta.

Diante das constatações acerca da diminuição da camada de ozônio e os riscos que isso acarreta, as grandes economias se reuniram, em 1987, na cidade canadense de Montreal, e implantaram o Protocolo de Montreal, que tinha como principal objetivo estipular metas de redução do gás CFC em primeiro momento e, posteriormente, deixar de utilizá-lo definitivamente.

Esse acordo obteve grande êxito, uma vez que todos os países aderiram e executaram as metas.
-EFEITO ESTUFA
O Efeito Estufa é a forma que a Terra tem para manter sua temperatura constante. A atmosfera é altamente transparente à luz solar, porém cerca de 35% da radiação que recebemos vai ser refletida de novo para o espaço, ficando os outros 65% retidos na Terra. Isto deve-se principalmente ao efeito sobre os raios infravermelhos de gases como o Dióxido de Carbono, Metano, Óxidos de Azoto e Ozônio presentes na atmosfera (totalizando menos de 1% desta), que vão reter esta radiação na Terra, permitindo-nos assistir ao efeito calorífico dos mesmos. 
Nos últimos anos, a concentração de dióxido de carbono na atmosfera tem aumentado cerca de 0,4% anualmente; este aumento se deve à utilização de petróleo, gás e carvão e à destruição das florestas tropicais. A concentração de outros gases que contribuem para o Efeito de Estufa, tais como o metano e os clorofluorcarbonetos também aumentaram rapidamente. O efeito conjunto de tais substâncias pode vir a causar um aumento da temperatura global (Aquecimento Global) estimado entre 2 e 6 ºC nos próximos 100 anos. Um aquecimento desta ordem de grandeza não só irá alterar os climas em nível mundial como também irá aumentar o nível médio das águas do mar em, pelo menos, 30 cm, o que poderá interferir na vida de milhões de pessoas habitando as áreas costeiras mais baixas. 

-CONVENÇÕES E PROTOCOLOS
 Protocolo de Quioto  à Convenção Quadro das Nações Unidas 
sobre Mudanças Climáticas
Este protocolo estabelece compromissos quantificados de limitação e 
redução das emissões de gases de estufa a fim de promover o 
desenvolvimento sustentável. As partes incluidas no Anexo-1 
comprometem-se a: 
Implementar e/ou desenvolver políticas e medidas de acordo com as 
suas especificidades nacionais, tais como: (a) proteger e melhorar os 
escoadouros e reservatórios de gases com efeito de  estufa não 
controlados pelo Protocolo de Montreal, tomando em  consideração os 
compromissos assumidos ao abrigo de acordos  internacionais de 
ambiente, bem como promover práticas sustentáveis de gestão da 
floresta, de florestamento e de reflorestamento; promover formas 
sustentáveis de agricultura à luz de considerações sobre as mudanças 
climáticas; 
Limitar ou reduzir as emissões de gases com efeito de estufa não 
controlados pelo Protocolo de Montreal resultantes  do combustível 
usado nos transportes aéreos e marítimos internacionais.  

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